quinta-feira, julho 30, 2009

Adoção de animais

A maioria dos cariocas têm bichos em casa, pode ser gato, cachorro ou passarinho, cada um com sua função (ou várias ao mesmo tempo). Tem gente que tem bichinhos para trocar afeto, carinho; outros, para ter um momento de paz em um dia cheio. Alguns, somente como forma de segurança para o lar. Há ainda os que gostam de se exibir, indo para a rua mostrar o porte atlético (dele e do cachorro) no calçadão da praia. E não deixando de lado, bichinhos para fazer companhia e arrumar companhia (se é que me entendem...).

Assim, é sempre bom quando a gente vê um bichinho e tem simpatia imediata por ele. Isso acontece muito nas feiras de adoção de cães e gatos - frequentes no Rio de Janeiro. Hoje, quinta-feira (30 de julho) é dia do Largo do Machado receber a feirinha.Não consegui descobrir quem está realizando, pois estavam montando e não quis atrapalhar; mas deve ser voluntários da Suipa (a Sociedade União Internacional Protetora dos Animais).

Mas o importante nisso é pensarmos nas possibilidades que temos ao adotar um animal. Há uma infinidade de opções de cães e gatos sadios e precisando de um lar. Muitos deles só querem um carinho de alguém que se importe com eles. Não é preciso luxo ou frescuras para criá-los. Ao contrário de algumas raças.

Estava vendo na TV esses dias sobre raças de cães e pedrigree. Que maldade... Para conseguir um bicho 'puro' eles acabam cruzando animais cosanguíneos e, entre esses cruzamentos, podem ser gerados animais com diversos tipos de problemas, incluindo anomalias físicas. Os que nascem 'perfeitos' são vendidos, muitas vezes, por cifras milhonárias, o que faz o mercado ser mais perverso com os cruzamentos.

Lembro que tive uma cachorrinha assim, a Cherry, uma Yorkshire. Quando nós fomos comprá-la a moça não queria nos vender, pois ela tinha problemas nos quadris, era muito pequeninha e poderia não sobreviver. Detalhe: tinha pedigree. Na época não entendia muito bem disso, mas nós queríamos uma fêmea e quando a vimos foi meio que amor a primeira vista.Sem frescuras e com muito carinho, ela viveu por 14 anos, uma glória para quem provavelmente iria ser 'descartada' no canil.

Por esse motivo acredito que não há raça ou pedigree que faça um cão ou gato ser melhor que outro, o que vale é o que você sente pelo bichinho e o tratamento que dá ele. Então, por que não adotar? Se estiver procurando uma companhia para anos a frente, busque um animal que encha os seus olhos, que lhe agrade de primeira. Se houver dúvidas, não leve, mesmo que seja de 'raça'; pois se você estiver infeliz ou seu bichinho também será infeliz.